Neste artigo analisamos os conflitos agrários entre camponeses e fazendeiros no sul e sudeste do Estado do Pará no contexto da ditadura militar-civil e primeiros anos da Nova República. Nesse período, a problemática da luta em torno da posse da terra não pode ser entendida tão somente como lócus do confronto entre fazendeiros e camponeses, mas deve ser apreendida como espaço que envolveu uma multiplicidade de atores, sobretudo dos setores da Igreja católica ligados à Teologia da Libertação; instituições do Estado brasileiro, como o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Federal, juízes; e pistoleiros e milícias privadas.
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