Este artigo tem como objetivo problematizar o imaginário e os diversos sentidos construídos sobre, e para, o Parque Nacional do Iguaçu. Oficialmente criado em 1939, ao longo das décadas o parque foi adquirindo valores que o transformaram na atualidade em um espaço da presença selvagem. Entretanto, este espaço também foi palco de ocupação e colonização por grupos de migrantes que chegaram na década de 1960, imbricados no processo mais amplo de ocupação das fronteiras nacionais. Sobre este panorama, o artigo busca, a partir dos relatos orais, refletir outros sentidos que o Parque Nacional do Iguaçu adquiriu e ainda está presente nas memórias destes sujeitos. É possível compreender que a natureza sacralizada nos discursos dos órgãos que administram o parque, em outros momentos vislumbrou das mãos humanas, e para estes sujeitos, o Parque Nacional do Iguaçu está repleto de outros valores que vão além de uma natureza selvagem e intocada.
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