Our descriptive tradition, based exclusively on morphological traits, assures the subjunctive imperfect past [SIP] and the future in the past [FtP] the status of distinct tenses. However, if we take into account the behaviour of both on the syntactic level and in the role of means of expression of the time and the attitude of the speaker, the degree of this separation is very reduced. In conditional constructions, SIP and FtP occupy complementary positions, and only sporadically they are interchangeable with each other. The meanings of time and mode expressed in one and in the other end up being exactly the same. This fact favoured the replacement of both by the pluperfect tense, a stylistic feature of classical Portuguese syntax that transfers to the formal plan a symmetry present in the content.
Nossa tradição descritiva, amparada exclusivamente em traços morfológicos, assegura ao pretérito imperfeito do subjuntivo [PIS] e ao futuro do pretérito [FtP] o status de tempos distintos. No entanto, se levarmos em conta o comportamento de ambos no plano sintático e no papel de meios de expressão do tempo e da atitude do falante, o grau dessa separação fica bem reduzido. PIS e FtP ocupam, nos períodos hipotéticos, posições complementares, e só esporadicamente são permutáveis entre si. Os sentidos de tempo e modo expressos em cada um acabam por ser exatamente os mesmos. Esse fato favoreceu a substituição de ambos pelo pretérito mais-que-perfeito, um recurso estilístico da sintaxe clássica portuguesa que transfere para o plano formal uma simetria presente no conteúdo.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados