Medieval tombs are a privileged source for the exploration of women’s reality and its dynamics in relation to the categories of memory, power and gender. Through the effigy and the iconographies of the chest but also through setting, sepulchers provide a nuanced “portrait” of medieval women.
While showing them as pious and devout individuals, committed to the communitarian (matrimonial, family) and patriarchal circumstances of their lives, tombs often celebrate women in their own existence and mirror their power. In this article, I focus on seven tombs, all produced for or by the initiative of elite women linked to the Portuguese medieval context, which allow us to observe the real possibilities they were granted to craft (and embody) an image of power.
A tumulária medieval oferece uma fonte privilegiada para o perscrutar do universo feminino e das suas dinâmicas, na relação com as categorias da memória, do poder e do género. O “retrato” que os sepulcros nos comunicam —através dos jacentes e das iconografias da arca, mas também da localização e disposição do túmulo— é de mulheres tão pias e devotas quanto comprometidas com as dinâmicas comunitárias (matrimoniais, linhagísticas) e patriarcais em que se inserem, sem por isso lhes ser negada a possibilidade de afirmação pessoal e muito menos se mostrarem isentas de poder. Neste artigo tomo como objecto de análise sete sepulcros medievais, produzidos para ou por iniciativa de mulheres de elite ligadas ao contexto medieval português e que nos permitem observar as reais possibilidades de que dispõem para a construção (e a vivência) de uma imagem de poder
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