This contribution focuses on the complex origin and publication history of the clandestine treatise Traité des trois imposteurs that put into motion the process of the radical Enlightenment. The treatise consists almost completely of a compilation of paraphrases and quotations of heterodox texts of the 17th century. A summary will be made of the most important source texts assembled in the collage. One of them is Vanini’s De Admirandis Naturae Reginae Deaeque Mortalium Arcanis from 1619 on which the analysis will focus. Two editions of the treatise are particularly important in this respect and will be looked at in detail: the first publication in print from 1719 under the title L’esprit de Spinosa (that can be seen as a translation in French) and the re-edition as Traité des trois imposteurs from 1768 probably made by D’Holbach (considered as a retranslation in French). The hypothesis developed of this contribution is that through the translation and the retranslation, step by step, a shift in meaning from Renaissance pantheism and the idea of natural religion to atheism and materialism took place. This hypothesis will be assessed by a precise comparative analysis of two excerpts of Dialogue 50 of De Admirandis, the French translation in L’Esprit de Spinosa and the French retranslation in the Traité des trois imposteurs. Finally, also the Italian translation of 1798 will be compared with the previous editions/translations.
O artigo enfoca a complexa origem e o histórico de publicação do tratado clandestino Traité des trois imposteurs [Tratado dos três impostores] que põe em ação o processo o Iluminismo radical. O tratado é composto quase exclusivamente por uma compilação de paráfrases e citações de textos heterodoxos do século XVII. Apresenta-se um resumo das mais importantes fontes coligidas na colagem. Uma delas é De Admirandis Naturae Reginae Deaeque Mortalium Arcanis [Dos admiráveis mistérios da Natureza, rainha e deusa dos mortais] de Giulio Cesare Vanini (1619), na qual se centra a presente análise. Duas edições do tratado são aqui particularmente importantes, e serão examinadas detalhadamente: a primeira publicação impressa (1719), sob o título L’esprit de Spinosa [O espírito de Spinoza] (que pode ser vista como uma tradução para o francês) e a reedição como Traité des trois imposteurs (1768), provavelmente por D’Holbach (tomada como retradução para o francês). A hipótese desenvolvida aqui é a de que, através da tradução e da retradução, passo a passo, ocorreu uma mudança de significado, do panteísmo renascentista e da ideia de religião natural para o ateísmo e o materialismo. Essa hipótese é avaliada por uma análise comparativa precisa de dois excertos do Diálogo 50 de De Admirandis, da tradução francesa em L’Esprit de Sponsa e da retradução francesa em Traité des trois imposteurs. Finalmente, a tradução italiana de 1798 será comparadaàs edições/traduções anteriores.
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