O objetivo deste artigo é analisar as representações da ditadura de Alfredo Stroessner e de seus opositores no romance paraguaio Asunción Bajo Toque de Siesta (2007), de Hermes Giménez Espinoza. Consideramos que essas representações configuram uma crítica a testemunhos sobre a ditadura ao assinalarem um “esvaziamento” do espaço público e uma descrença na política partidária e institucional enquanto instrumentos transformadores da sociedade. No romance, a desilusão com a política partidária e institucional desencadeia processos de reelaboração da memória não apenas do período stronista, mas de toda a história paraguaia. A partir da história paraguaia e da literatura do país, apontamos possíveis explicações sobre esses processos de reelaboração e as suas implicações político-identitárias
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