Glaucione Raimundo, Ana Rute do Vale
Estudos de gênero na Geografia iniciaram-se, no Brasil, pós-década de 1970, a partir de análises de divisões de trabalhos por sexo, idade, e relações de poder familiar, passando a incluir também nessas discussões as mulheres no campo, até então eram marginalizadas. A partir daí a mulher passa a ser retratada como um ator social, detentora papéis produtivos e reprodutivos. É nesse contexto que esse estudo se propôs a analisar o papel das trabalhadoras sazonais na cafeicultura (“apanhadoras de café”) do município de Divisa Nova, na mesorregião Sul/Sudoeste de Minas Gerais. O objetivo principal foi analisar o papel de antigas e novas gerações dessas trabalhadoras, sobretudo no que se refere às conquistas trabalhistas, a participação delas na renda familiar e os motivos pelos quais as mais jovens estão trocando os cafezais pelos empregos urbanos. A partir daí, buscou-se apontar o possível futuro das apanhadoras de café do município.
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