This paper presents an analysis of the religious statements on child chastity present in the work of Arte de crear bem os Filhos na idade da Puericia. Published initially in Portugal in 1685, the book authored by Jesuit Alexandre de Gusmao (1629-1724) offered a list of regulations that defined how we should form a "perfect boy". The statements set we analyzed show a kind of moral order of sexuality, which significantly influenced the social behavior of the time. This moralizing operation also acted in the knowledge that should be taught in prescribing certain practical dictates of cutting experience, perceived as legitimate and appropriate in the construction of speeches wishing to produce a child subject chaste, pure, innocent. Accordingly, the present discourse on treaty described by Gusmão is perceived as evidence and determined childhood sense in the context of the Catholic Reformation in the late seventeenth century, both in Portugal and in its main overseas domain.
Este artigo apresenta uma análise dos enunciados religiosos sobre a castidade infantil presentes na obra Arte de crear bem os Filhos na idade da Puericia. Publicada inicialmente em Portugal no ano de 1685, a obra de autoria do padre jesuíta Alexandre de Gusmão (1629-1724) oferecia um elenco de normativas que definiam como se deveria formar um “perfeito menino”. O conjunto de enunciados que analisamos evidenciam uma espécie de ordenamento moral da sexualidade, que influenciou significativamente o comportamento social da época. Esta operação moralizadora atuava também nos conhecimentos que deveriam ser ensinados, na prescrição de certos ditames práticos da vivência de corte, tidos como legítimos e adequados na construção de discursos que desejam produzir um sujeito infantil casto, puro, inocente. Nesse sentido, o discurso presente no tratado descrito por Gusmão é percebido como evidência e expressão de determinado sentido da infância no contexto da Reforma Católica no final do século XVII, tanto em Portugal, como no seu principal domínio ultramarino.
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