This paper is based on institutional historical analysis. We analyze historically the institutionalization of class conflicts in Brazil through the corporatist practice. We argue that the characteristics of the phenomenon, adopted in Brazil from the 130s, shaped the Brazilian trade union culture, influencing the successive processes of centralization and decentralization of the Brazilian State, in movements of strengthening and contestation of the corporatist heritage. We conclude that although corporatism establishes a striking antagonism to the ideological foundations of the emerging "new syndicalism" in the 1980s, its characteristics persisted because of a process of institutional inertia: incentives to maintain corporatist practice, especially through union tax, serves the interests of the State and also of the trade union elite.
Neste trabalho analisamos historicamente a institucionalização dos conflitos de classe no Brasil por meio da prática corporativista. Sustentamos que as características do fenômeno, adotado no Brasil a partir dos anos 1930, moldou a cultura sindical do país, influenciando os sucessivos processos de centralização e descentralização do Estado brasileiro, em movimentos de fortalecimento e contestação da herança corporativista. Concluímos que apesar do corporativismo estabelecer um flagrante antagonismo com as bases ideológicas do “novo sindicalismo” emergente nos anos 1980, suas características persistiram por conta de um processo de inércia institucional: os incentivos para a manutenção da prática corporativista, sobretudo por meio do imposto sindical, atende aos interesses do Estado e também da elite sindical.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados