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Where reality is: A performance da autenticidade no cinema documentário de Werner Herzog

  • Autores: Regiane Regina Ribeiro (dir.), Jéssica Pereira Frazão
  • Localización: DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, ISSN-e 1646-477X, Nº. 24 (O FILME-ENSAIO | El filme-ensayo | The essay film | Le film-essai), 2018, págs. 332-334
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • O objetivo desta pesquisa é analisar como o diretor alemão Werner Herzog utiliza a performance para compor sua mise-en-scène documentária, enfatizando a relação Homem-Natureza para construir momentos sublimes em sua narrativa, aos quais ele denomina de Verdade Extática (Ekstatische Wahrheit).

      Dentro da ampla filmografia documentária do diretor, escolhemos os documentários O Grande Êxtase do Entalhador Steiner (1974) e Gasherbrum – A montanha luminosa (1984), pois em ambos os protagonistas praticam esportes de aventura nos quais é possível perceber a potencialidade do risco pelo movimento do corpo em ação, uma composição performática significativa na narrativa herzoguiana. Por esta ótica, este trabalho divide-se em quatro partes.

      A primeira delas procura contextualizar a figura de Werner Herzog e estabelecer inferências que podem ter influenciado na construção do seu cinema de autor (Autorenkino). Na segunda parte, aprofundamos a discussão sobre o que vem a ser o conceito de Verdade Extática, vinculando-o ao debate teórico do cinema documentário sobre verdade e realismo. A terceira parte se dedica ao âmbito da performance, principalmente (mas não apenas) pelo viés de Erving Goffman (1967; 1971), uma vez que partimos da hipótese de que o elemento performático constitui o eixo estruturante da Verdade Extática.

      Por fim, a quarta parte se refere à análise das obras selecionadas, trabalhadas metodologicamente pelo âmbito da análise fílmica da imagem e do som (cinematográfica) de Aumont e Marie (2004). Nesta última etapa, partimos de três grandes pilares: paisagens fílmicas, banda sonora e corporeidades. Nossos resultados sugerem que as paisagens fílmicas em Herzog configuram um lugar desterritorializado e anti-referencial de estética romântica, dependendo, então, da capacidade prévia de subjetividade do espectador; já a banda sonora aponta principalmente para a estratégia retórica, interacional e autorreflexiva utilizada pelo cineasta para corroborar com a performance do ator social antes da execução, em que atos emocionais como admiração, humanidade e fragilidade são expostos; finalmente, as corporeidades em cena, essência máxima da ação performática, representam imageticamente, via emersão, o “ir para fora de si mesmo”, determinador das experiências de sublimidade a partir do êxtase. Nas referidas categorias, o diretor faz constante uso de ensaio, repetição e autorreflexão para criar um processo de estilização, culminando no contexto em que seus personagens, em convergência com o entrecruzamento Homem/Natureza, podem atingir o clímax dos seus documentários, a Verdade Extática.


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