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Drogas e Alimentos (In) Saudáveis no Contexto da Governamentalidade Neoliberal

  • Autores: Elaine Azevedo, Pablo Ornelas Rosa, Marluce Mechelli de Siqueira
  • Localización: Tomo, ISSN-e 1517-4549, n. 33, 2018, págs. 147-191
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Drugs and (Un)Healthy Food in The Context of Neoliberal Governmentality
    • Drogas y Alimentos (In) Saludables en el Contexto de la Governamentalidad Neoliberal
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Este estudio conceptual propone una problematización sobre los conceptos de drogas y alimentos, sin la pretensión de agotar la temática o definir una relación, cuyas fronteras se revelan porosas y flexibles. Presentamos un panorama de hechos que demuestran la variedad de actores y elementos discursivos involucrados en la construcción social de estos conceptos, así como deseamos estimular estudios futuros que podrán garantizar la consolidación de un abordaje epistemológico sobre esa relación todavía desordenada. Nuestro análisis genera cuestionamientos que señalan la imposibilidad de gubernamentalizar una simplificación de los conceptos y señalan conexiones arbitrariamente imprecisas, construidas bajo el aval del sesgo positivista-biologicista de la medicina y de la ciencia moderna –supuestamente exenta de intereses políticos y económicos– y de la gubernamentalidad neoliberal tratada por la analítica foucaultiana como un conjunto de instituciones, procedimientos, análisis, reflexiones, cálculos y tácticas que posibilitaron un tipo de ejercicio de poder que tiene a la población como su blanco; la economía política como principal forma de saber; y el dispositivo de seguridad como su instrumento técnico más elementar. En este sentido, el artículo presentado propone ponderaciones acerca de la imprecisión en la atribución de la condición de drogas y alimentos, teniendo en cuenta que ambos fueron instrumentalizados históricamente de manera indefinida, cambiando de acuerdo con las coyunturas e intereses que atraviesan esos condicionantes conceptuales que ora califican a determinado producto –en consecuencia de estrategias calificadoras– como alimento, ora lo descalifican tratándolo como drogas –justamente por sus supuestos perjuicios causados a la sanidad humana y/o ambiental.

    • English

      This conceptual study proposes a problematization on the concepts of drugs and food, without the pretension of exhausting the theme or defining the relationship whose boundaries prove to be porous and flexible. We present a panorama of facts that demonstrate the variety of actors and discursive elements involved in the social construction of these concepts, as well as we wish to stimulate future studies that could guarantee the consolidation of an epistemological approach on this still imprecise relationship.  Our analysis point to the impossibility of governing a simplification of the concepts and show the arbitrarily imprecise associations built under the positivist-biologicist bias of modern medicine and science - supposedly free of political and economic interests - and the neoliberal governmentality treated by a foucaultiana analyses as a set of institutions, procedures, reflections, calculations and tactics that enabled a type of power exercise that has the population as its target; political economy as the main way of knowing; and the safety device as its most basic technical instrument. In this sense, the article proposes considerations about the imprecision in the attribution of the drug and food condition, considering that both were historically instrumented in an indefinite way, varying according to the conjunctures and interests that cross those conceptual constraints that now qualify a certain product - as a result of qualifying strategies - as food, or disqualify it by treating it as drugs - precisely because of its supposed damages caused to human and / or environmental health.

    • português

      Este estudo conceitual propõe uma problematização sobre os conceitos de drogas e alimentos, sem a pretensão de esgotar a temática ou definir uma relação, cujas fronteiras revelam-se porosas e flexíveis. Apresentamos um panorama de fatos que demonstram a variedade de atores e elementos discursivos envolvidos na construção social desses conceitos, bem como desejamos estimular estudos futuros que poderão garantir a consolidação de uma abordagem epistemológica sobre essa relação ainda vaga. Nossa análise gera questionamentos que apontam a impossibilidade de governamentalizar uma simplificação dos conceitos e apontam associações arbitrariamente imprecisas, construídas sob o aval do viés positivista-biologicista da medicina e da ciência moderna - supostamente isento de interesses políticos e econômicos - e da governamentalidade neoliberal tratada pela analítica foucaultiana como um conjunto de instituições, procedimentos, análises, reflexões, cálculos e táticas que possibilitaram um tipo de exercício de poder que tem a população como seu alvo; a economia política como principal forma de saber; e o dispositivo de segurança como seu instrumento técnico mais elementar. Nesse sentido, o artigo apresentado propõe ponderações acerca da imprecisão na atribuição da condição de drogas e alimentos, tendo em vista que ambos foram instrumentalizados historicamente de maneira indefinida, variando de acordo com as conjunturas e interesses que atravessam esses condicionamentos conceituais que ora qualificam certo produto - em decorrência de estratégias qualificadores - como alimento, ora o desqualificam tratando-o como drogas –  justamente por seus supostos prejuízos causado à saúde humana e/ou ambiental.


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