Jéverton Soares dos Santos, Robson da Rosa Almeida
The article proposes a connection between two different fields of research, but with notorious elective affinities: the field of archeology and the philosophical aesthetics. It is intended to find, within the dialectic of Adorno, how articulate the concepts of prehistory and proto-history, it having as a guide the theme of rock art and its modern counterpart, the reproducibility technique. Such an approach takes as its starting point an intriguing paragraph of posthumous Adorno’s work, "Ästhetische Theorie," this subsection thus classified by Rolf Tiedmann as "Moderne Kunst und Industrielle Produktion" in which Adorno asserts that there is a convergence between the rock art and photographic camera, that occurred in objectification (Objektivation), e.g., in the action to separate the subjective act of the object that is seen . From this finding the greatest contribution of this paper was to identify a kind of mechanical reproduction proto-history in the prehistoric world. Thus, in a radically dialectical perspective it can be said that the virtual progress and technological sense in recent decades does not represent something qualitatively new in human history, being only an offshoot of a trend already contained in prehistory, which leads us to believe we have not yet overcome the state of mythical immanence widely denounced by Adorno and Horkheimer's "Dialectic of Enlightment. To demonstrate that this article aims to reconstruct the main thrust of the "Dialectic of Enlightenment", focusing on the myth category (Section 1). After it intends to present the relationship between prehistory and proto-history in the context of Adorno's thought, especially in the construction and essays of intermediate period of his thought, such as "Minima Moralia" and "Prismen" (Section 2). Finally, it wants to present some Adorno's reflections on rock art and mechanical reproduction present in Aesthetic Theory (Section 3).
O artigo propõe uma aproximação entre dois campos de pesquisa distintos, mas com notórias afinidades eletivas: o campo da arqueologia e o da estética filosófica. Pretende-se saber de que modo, no interior do pensamento dialético de Adorno, articulam-se os conceitos de pré-história e proto-história, tendo como fio condutor a temática da arte rupestre e a sua contrapartida moderna, isto é, a reprodutibilidade técnica. Tal aproximação tem como ponto de partida um instigante parágrafo da obra póstuma de Adorno, “Ästhetische Theorie”, presente na subseção assim classificada por Rolf Tiedmann como "Moderne Kunst und Industrielle Produktion", no qual Adorno afirma que há uma convergência entre a arte rupestre e a câmera fotográfica, que se daria na objetivação (Objektivation), isto é, na ação de separar o ato subjetivo do objeto que é visto. A partir desta constatação, a contribuição maior deste artigo estaria em identificar uma espécie de proto-história da reprodutibilidade técnica no mundo pré-histórico. Deste modo, numa perspectiva radicalmente dialética pode-se dizer que o progresso virtual e tecnológico sentido nas últimas décadas não representa algo qualitativamente novo na história humana, sendo apenas um desdobramento de uma tendência já contida na pré-história, algo que nos leva a crer que não conseguimos ainda superar o estado de imanência mítica denunciado amplamente por Adorno e Horkheimer na “Dialektik der Aufklärung. Para demonstrar isto o presente artigo almeja reconstruir as principais linhas de força da "Dialética do Esclarecimento", centrando na categoria de mito (Seção 1). Após, pretende apresentar a relação entre pré-história e proto-história no contexto do pensamento adorniano, especialmente nas obras e nos ensaios do período intermediário de sua bibliografia, tais como “Minima Moralia” e “Prismen” (Seção 2). Por último, deseja apresentar algumas reflexões de Adorno sobre a arte rupestre e a reprodutibilidade técnica presentes na Teoria Estética (Seção 3).
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