This paper aims to make a brief analysis of the social contract theories in Locke and Rousseau. Both authors share the concept of a deliberate agreement between humans whose wild condition finishes with this decision. Therefore, the State emerges to protect from a certain way of living: the wildness. In contrast, Pierre Clastres – French ethnologist – enlightens issues about primitive groups in current times and demonstrates that there is a permanent conjuration against the emergence of a political power beyond the control of the social group as a whole. Hence, these groups are societies against the State. Thus, we aim to make a collision between the ideas of Locke, Rousseau and Clastres as well as its current reverberations.
Buscar-se-á no presente trabalho analisar os discursos acerca da formação do Estado em Rousseau e Locke. Os autores compartilham a teoria de uma forma de contrato social – um acordo deliberado entre seres humanos cuja condição selvagem se extingue neste momento decisório. Dessa forma, em ambos os autores, o Estado surge como um agente, ou corpo, protetor. Em contrapartida, os estudos de Pierre Clastres – etnólogo francês – referentes a grupos primitivos contemporâneos demonstram a existência de uma permanente conjuração contra a possibilidade do surgimento de um poder político alienado do controle do grupo como um todo. Ou seja, uma conjuração contra o Estado. Nesse sentido, o objetivo geral desse trabalho é colidir tais ideias, assim como suas possíveis reverberações atuais.
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