Desde o fim da Segunda Guerra Mundial e a consequente emergência da hegemonia estadunidense, o cenário internacional adquiriu características muito peculiares. Avançou consideravelmente no estreitamento dos laços econômicos pelo mundo. Em meio à intensificação das trocas comerciais e financeiras, frutificaram iniciativas localizadas de integração regional, as quais foram apresentadas como saídas viáveis para um horizonte de paz e prosperidade entre as nações. Com o final da Guerra Fria, o panorama estrutural não foi alterado, mas importantes mudanças circunstanciais advieram, sobretudo, o incremento dos processos econômicos, os quais passaram, inclusive, a ser cunhados como blocos regionais. Essa aproximação é devida não apenas à correlação política governos do momento, mas é resultado de um movimento mais perene e relevante. Nesse diapasão, as principais propostas de integração aperfeiçoaram seu caráter formal, constituindo-se em organizações internacionais, cujas formas política e jurídica revelam a nova configuração do sistema internacional capitalista. Em função da centralidade das organizações internacionais na era pós-fordista, este artigo terá como finalidade investigar o papel das organizações internacionais nos processos de integração regional, para que se possa ter uma compreensão ampla e plena de sua real concretude. Para isso, cabe a utilização teórica da crítica mais atual sobre a forma mercantil, enquanto ordenadora da sociedade capitalista, expressa pela teoria materialista do Estado e do direito.
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