O presente artigo trata da relação entre a euforia do turismo em Conceição do Mato Dentro – Brasil em torno de um patrimônio imaterial religioso denominado Jubileu do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, a maior festa da cidade, e ao mesmo tempo do esvaziamento turístico causado pela presença do processo de mineração desde 2011. A presente pesquisa é de natureza antropológica e situa-se no campo dos estudos qualitativos descritivos ou exploratórios, tendo contado com a observação participante, entrevista aberta e contato direto. Os resultados mostram que, se por um lado a cidade recebe nos dez dias de festa, em torno de 40 mil romeiros, por outro descobre-se hoje com o problema do baixo fluxo de turistas ao longo do restante do ano, devido à degradação de atrativos turísticos culturais e ecológicos em face da mineração. Contudo, a partir da festa do Jubileu, inúmeros turistas relataram que passaram a visitar a cidade, independente do período das festas, para conhecerem outros atrativos culturais, fenômeno esse confirmado por comerciantes locais.
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