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Comprender a Bourdieu: las estrategias sociales de capitalización

  • Autores: Michael Cruz Rodríguez
  • Localización: Revista colombiana de sociología, ISSN 0120-159X, ISSN-e 2256-5485, Vol. 41, Nº. 2 (julio-diciembre 2018), 2018 (Ejemplar dedicado a: Movimientos para la justicia alimentaria, resistencias y economías alimentarias alternativas), págs. 219-237
  • Idioma: español
  • Títulos paralelos:
    • Compreender Bourdieu: as estratégias sociais de capitalização
    • Understanding Bourdieu: social capitalization strategies
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      El artículo muestra que el concepto de estrategias sociales de capitalización permite una mayor comprensión de la teoría de los campos sociales elaborada por Pierre Bourdieu. En la primera parte se presenta una síntesis de los conceptos más importantes con base en el principio de caridad interpretativa: campo social, habitus, capital social, estrategias sociales de reproducción. A partir de estos elementos, se discuten tres críticas a dicha teoría: su “dominocentrismo”, los límites de la noción de campo social y el supuesto determinismo del habitus. Así mismo, se plantean dos precisiones para hacer frente a las críticas: mantener una perspectiva normativa de liberación y hacer distinciones de grado respecto a la pertenencia de los agentes sociales al campo. En la segunda parte se introducen las condiciones teóricas de posibilidad del concepto de estrategias sociales de capitalización: a) la pertenencia múltiple de los agentes a los campos sociales, b) la relación de interpenetración entre capitales de distintos campos y c) el proceso de acumulación de capital. De ese modo, las estrategias sociales de capitalización se definen como aquellas intervenciones de un agente social dominante (y su capital) en un campo —al que pertenece en menor grado— del cual extrae el rédito suficiente para disputarse el poder simbólico dentro de este, incluso, intentar cambiar sus reglas de funcionamiento. El concepto propuesto funge como principio de explicación de las relaciones entre agentes dominantes y campos sociales, en las que el propio Bourdieu no ahondó con claridad, para comprender la dinámica de la dominación. Finalmente, se describe la articulación de las estrategias sociales de capitalización con el campo del poder, aquel espacio en el que agentes y capitales dominantes se disputan la definición general del nomos del espacio social, que instrumentaliza al Estado. En la parte final, se incluye el ejemplo de las cortes de justicia para mostrar la forma en que operan las estrategias sociales de capitalización.

    • English

      The article shows that the concept of social capitalization strategies allows for a greater understanding of the theory of social fields developed by Pierre Bourdieu. The first section provides a synthesis of the main concepts, guided by the principle of charitable interpretation: social field, habitus, social capital, social reproduction strategies. On this basis, we discuss three critiques to that theory: its “domino-centrism”, the limitations of the notion of social field, and the alleged determinism of habitus. We also make a couple of observations regarding these critiques: the importance of maintaining a normative perspective of liberation and of distinguishing degrees of social agents’ belonging to the field. The second section introduces the theoretical conditions of possibility of the concept of social capitalization strategies: a) the multiple ways in which agents belong to social fields, b) the relation of interpenetration among capitals of different fields, and c) the process of accumulation of capital. Thus, social capitalization strategies are defined as the interventions of a dominant social agent (and its capital) in a field —to which it belongs to a lesser extent— from which it extracts enough returns to be able to vie for symbolic power within the field and even try to change its rules of operation. The proposed concept functions as an explanatory principle for the relations between dominant agents and social fields, a matter which Bourdieu did not delve into with clarity, in order to understand the dynamics of domination. Finally, the article describes the articulation of social capitalization strategies with the field of power, that space in which dominant agents and capitals vie for the general definition of the nomos of social space, thus instrumentalizing the State. The final part includes the example of courts of justice in order to illustrate the manner in which social strategies of capitalization work.

    • português

      Este artigo mostra que o conceito de estratégias sociais de capitalização permite uma maior compreensão da teoria dos campos sociais elaborada por Pierre Bourdieu. Na primeira parte, apresenta-se uma síntese dos conceitos mais importantes com base no princípio de caridade interpretativa: campo social, habitus, capital social e estratégias sociais de reprodução. A partir desses elementos, discutem-se três críticas a essa teoria: seu “dominocentrismo”, os limites da noção de campo social e o suposto determinismo do habitus. Além disso, propõem-se duas precisões para enfrentar as críticas: manter uma perspectiva normativa de liberação e fazer diferenciações de grau a respeito do pertencimento dos agentes sociais ao campo. Na segunda parte, são introduzidas as condições teóricas de possibilidade do conceito de estratégias sociais de capitalização: a) o pertencimento múltiplo dos agentes aos campos sociais, b) a relação de interpenetração entre capitais de diferentes campos e c) o processo de acumulação de capital. Desse modo, as estratégias sociais de capitalização são definidas como aquelas intervenções de um agente social dominante (e seu capital) num campo —ao que pertence em menor grau—, do qual extrai o rendimento suficiente para disputar o poder simbólico dentro deste e inclusive tentar mudar suas regras de funcionamento. O conceito proposto serve como princípio de explicação das relações entre agentes dominantes e campos sociais, nas quais o próprio Bourdieu não aprofundou com clareza para compreender a dinâmica da dominação. Finalmente, descreve-se a articulação das estratégias sociais de capitalização com o campo do poder, aquele espaço no qual agentes e capitais dominantes disputam a definição geral do nomos do espaço social, que instrumentaliza o Estado. Na parte final, inclui-se o exemplo das cortes de justiça para mostrar a forma na qual as estratégias sociais de capitalização operam.


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