Bárbara Maria Giaccom Ribeiro, Carlos André Bulhões Mendes
Em áreas urbanas, estudos e ações, em escala de bacia hidrográfica urbana, para identificação do “Ciclo Lixológico”, são essenciais para se evitar ou minimizar as destinações inadequadas de resíduos sólidos e, consequentemente, degradação do meio ambiente. A partir do entendimento do “Ciclo Lixológico” como o ciclo de geração, transporte e disposição final dos resíduos sólidos, integrando variáveis relativas ao ambiente físico, às características socioeconômicas da população e às condições da infraestrutura urbana existente, torna-se possível a tomada de decisões mais eficiente e mais acertada em termos de planejamento e gestão de resíduos sólidos. Comumente, na ausência de dados primários, são utilizados parâmetros que permitem estimar a quantidade de resíduos sólidos gerados por dada população. Entretanto, acredita-se que a opção por um ou outro parâmetro pode resultar em dados muito diversos. Este trabalho apresenta a estimativa da geração de resíduos sólidos residenciais (i.e., nos domicílios) por meio da construção de seis cenários distintos, utilizando dados socioeconômicos e experimentos de aferição de massa de fraldas infantis. Toma-se a bacia hidrográfica da barragem Mãe d’Água, localizada na divisa de Porto Alegre e Viamão (Rio Grande do Sul) como estudo de caso. Os resultados obtidos mostram que a construção dos cenários conduz a dados diversos entre si. Desta forma, alerta-se para a importância da compreensão dos modos atuais de consumo e eliminação de resíduos sólidos de cada população em seu contexto, com análises comportamentais e coleta de dados in loco.
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