Rafael Guimarães Tavares da Silva
Partindo de considerações sobre a importância de personagens “menores” para o desenrolar da Odisseia (como é o caso de Eumeu e Euricleia), o presente artigo atenta para uma série de nuances presentes no canto XIX e reflete sobre a forma anelar segundo a qual esse trecho se desenvolve, em torno ao reconhecimento de Odisseu por sua velha serva. Contrariando a leitura tradicional dessa passagem, defendemos que esse reconhecimento não apenas é desejado por Odisseu, mas é motivado – de uma perspectiva interna à lógica da narrativa – pela necessidade de restabelecimento das bases fundamentais para que o rei ausente readquira o seu nome e a sua história antes de readquirir o seu poder de fato.
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