In this article I explore the connections between colonial literature and anthropology during the first decades of the twentieth century. Through the analysis of Brito Camacho’s Pretos e Brancos (1926), I argue that some of the literary works that won the Contest of Colonial Literature are imbued with an anthropologic gaze. By this, I mean that colonial literature and anthropology were constituted as two intertwined colonial “knowledges” from the beginning of the colonial project. Both “knowledges” -literary and anthropological- served the objective of the construction and legitimization of the Portuguese colonial empire.
Este artigo pretende explorar as ligações entre literatura colonial e antropologia durante as primeiras décadas do século XX. Através da análise da obra Pretos e Brancos (1926) de Brito Camacho é minha intenção demonstrar que algumas das obras vencedoras do Concurso de Literatura Colonial se encontram imbuídas de um olhar antropológico fazendo com que literatura colonial e antropologia se tivessem constituído como dois “saberes” coloniais interligados desde a sua génese. Assim sendo, ambos os “saberes” – literário e antropológico –funcionaram no início do projeto colonial com o objetivo de construção e legitimação do império colonial português.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados