Coimbra (Sé Nova), Portugal
La edad y la petrogénesis de las rocas graníticas de Portugal, especialmente de norte y centro, han constituido temas de estudio y debate por varios grupos de geólogos, sobretodo en las últimas décadas del siglo XX. Inicialmente, fueron condideradas como una única intrusión, lo que se reflejó en los Mapas Geológicos de Portugal, donde todos los granitoides fueron representados con una misma simbología. Como reflejo del avance en los métodos de datación radiométrica e en el conocimiento geológico, actualmente se dispone de un abanico de edades para las rocas granitoides del norte y centro de Portugal que van del Neoproterozoico al final del Paleozoico.
Como ejemplos de estos estudios, se consideran las rocas de naturaleza granítica y gneísica que afloran en el centro de Portugal, en la región entre Coimbra y Nisa, en las proximidades de dos accidentes tectónicos de primer orden: la zona de cizallamiento OportoTomar-Ferreira del Alentejo (ZCPTFA), y la zona de cizallamiento Tomar-Badajoz-Córdoba (ZCTBC). Estas estructuras constituyen un límite entre dos zonas geotectónicas del Macizo Ibérico: la Zona Centro Ibérica (ZCI) y la Zona de Ossa Morena (ZOM). Este estudio tiene como objetivo mostrar la evolución de la representación de estos cuerpos graníticos y gneísicos en los mapas geológicos de Portugal, a escalas 1:500.000 y 1:1.000.000, desde el siglo XIX hasta la actualidad, y confrontar esta representación con los avances del conocimientos geológico.
En los mapas 1:1.000.000 los granitos y gneises son incluidos en grandes grupos, no siendo posible la diferenciación de los diferentes cuerpos, en lo respecta a su naturaleza y edad, existiendo sólamente alguna diferencia para los gneises representados en la edición de 2010. En los mapas a escala 1:500.000, esa diferenciación es conseguida, especialmente en las ediciones de 1972 y 1992. La evolución de la representación cartográfica y de las respectivas leyendas revela los progresos en la aplicación de métodos radiométricos de datación K-Ar y Rb-Sr, en los años 80 y 90 del siglo XX, y U-Pb, en los primeros años del siglo XXI. Muestra, igualmente, los avances en los trabajos de petrografía y geoquímica, también determinantes en la edición de numerosos mapas geológicos de Portugal a escala 1:50.000.
De acuerdo con los datos disponibles, estas rocas evidencian el magmatismo ocurrido en tiempos neoproterozoicos y cámbrico-ordovícicos. Muestran también la existencia de desajustes significativos entre el conocimiento geológico reciente y la representación de estas rocas en las últimas ediciones del Mapa Geológico de Portugal, justificando así y, en especial, nuevas ediciones a escala 1:500.000.
A idade e a petrogénese das rochas graníticas de Portugal, especialmente do norte e centro, têm constituído temas de estudo e debate por vários grupos de geólogos, sobretudo nas últimas décadas do século XX. Inicialmente, foram consideradas como uma única intrusão, o que se refletiu nas Cartas Geológicas de Portugal, onde todos os granitoides foram representados com a mesma simbologia. Como reflexo do avanço nos métodos de datação radiométrica e no conhecimento geológico, dispõe-se, atualmente, de um leque de idades para as rochas granitoides do norte e centro de Portugal que vai do Neoproterozoico aos finais do Paleozoico.
Como exemplos destes estudos, consideram-se as rochas de natureza granítica e gnaíssica que afloram, no centro de Portugal, na região entre Coimbra e Nisa, nas proximidades de dois acidentes tectónicos de primeira ordem: a zona de cisalhamento PortoTomar-Ferreira do Alentejo (ZCPTFA), e a zona de cisalhamento Tomar-Badajoz-Córdova (ZCTBC). Estas estruturas constituem fronteira entre duas zonas geotectónicas do Maciço Ibérico: a Zona Centro Ibérica (ZCI) e a Zona de Ossa Morena (ZOM). Este estudo teve como objetivo esboçar a evolução da representação destes corpos graníticos e gnaíssicos nas cartas geológicas de Portugal, às escalas 1:500.000 e 1:1.000.000, desde o século XIX até à atualidade, e confrontar essa representação com os avanços do conhecimento geológico.
Nas cartas 1:1.000.000 os granitos e gnaisses são incluídos em grandes grupos, não sendo possível a distinção dos diferentes corpos, no que respeita à sua natureza e idade, existindo apenas alguma diferenciação para os gnaisses representados na edição de 2010.
Nas cartas, à escala 1:500.000, essa diferenciação é conseguida, em especial nas edições de 1972 e 1992. A evolução da representação cartográfica e das respetivas legendas traduze os progressos na aplicação de métodos radiométricos de datação K-Ar e Rb-Sr, nos anos 80 e 90 do século XX, e U-Pb, nos primeiros anos do século XXI. Espelha, igualmente, os avanços nos trabalhos de petrografia e geoquímica, também determinantes na edição de inúmeras cartas geológicas de Portugal, à escala 1:50.000.
De acordo com os dados disponíveis, estas rochas são evidência do magmatismo ocorrido em tempos neoproterozoico e câmbrico-ordovícico. Conclui-se da existência de desajustamentos significativos entre o conhecimento geológico recente e a representação destas rochas nas últimas edições da Carta Geológica de Portugal, justificando-se, assim, e, em especial, novas edições à escala 1:500.000.
Age determination and the petrogenesis of the granitic rocks of Portugal, especially of the north and center, have been subjects of research and debate by groups of geologists, mainly in the last decades of the 20th century. First, they were considered as a single intrusion, which was reflected in the geological maps of Portugal, where all the granitoids were represented by the same symbol. Reflecting the advances in the methods of radiometric dating and in the geological knowledge, it is recognized today a range of ages to the granitoid rocks of northern and central Portugal going from the Neoproterozoic to the late Paleozoic times.
As examples of these studies, we considered the granitic and gneissic rocks outcrop in the center of Portugal, in the region between Coimbra and Nisa, in the vicinity of two firstorder tectonic accidents: the Porto-Tomar-Ferreira do Alentejo shear zone (ZCPTFA) and the Tomar-Badajoz-Cordoba shear zone (ZCTBC). These structures represent a border between two geotectonic zones of the Iberian Massif: the Central Iberian Zone (ZCI) and the Ossa Morena Zone (ZOM). The aim of this study was to sketch the evolution of the representation of these granitic and gneissic bodies in the geological maps of Portugal, scales 1:500.000 and 1:1.000.000, from the nineteenth century to the present day, and compare this representation with the advances of geological knowledge.
Granites and gneisses, in the geological maps at 1:1.000.000 scale, are included in large groups and it is not possible to distinguish the different bodies in respect to its nature and age, with only some differentiation for the gneisses represented in the 2010 edition. This distinction is achieved in the geological maps at 1:500.000 scale, especially, in the 1972 and 1992 editions. The evolution of the cartographic representation and maps legends reflect the advancement in the application of K-Ar and Rb-Sr radiometric methods of dating, in the eighties and nineties of the 20th century, and U-Pb dating in early years of the 21st century.
It also points out the advances in petrography and geochemistry, which are also crucial to the edition of numerous geological maps of Portugal, at a scale of 1:50.000.
According to the available data, these rocks represent evidence of magmatism dur- ing Neoproterozoic and Cambric-Ordovician times. It is concluded that there are significant mismatches between the recent geological knowledge and the representation of these rocks in the last editions of the geological maps of Portugal, thus justifying new maps editions, in particular, at a scale of 1:500.000.
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