A emergência das narrativas transmídia dá relevo a um novo estatuto da produção textual pautado na participação do leitor e na convergência tecnológica. A escritura se adapta às transformações do ser humano na contemporaneidade. Cada tecnologia demanda esquemas cognitivos próprios, ou seja, articula áreas e procedimentos corticais específicos que buscam dar conta dos diferentes graus de complexidade que hoje atravessam o pensar e o sentir. À luz da neuroestética, parte-se da premissa de que as rupturas e transformações das formas estão, inextricavelmente, relacionadas com o processo de adaptação e evolução cognitiva humana. Neste sentido, é proposta aqui uma reflexão acerca do sistema de escritura daquelas narrativas, partindo do campo da Literatura rumo a um diálogo com as ciências cognitivas, em especial as neurociências.
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