O ensino superior deve proporcionar aos estudantes o desenvolvimento de competências profissionais e o desenvolvimento de competências transversais, ambas valorizadas pelo atual mercado de trabalho. O voluntariado afigura-se como uma prática potenciadora do desenvolvimento destas competências, pelo que algumas universidades têm incentivado os seus alunos a uma participação social mais ativa em áreas diversas. Neste trabalho procuramos perceber a importância da prática de voluntariado no ensino superior para a formação profissional, desenvolvimento pessoal e atitude dos alunos face à pessoa com necessidades especiais. Participaram no estudo 2 estudantes universitários (1 homem e 1 mulher), voluntários numa associação dedicada às perturbações do desenvolvimento. Os dados foram recolhidos através de entrevista semiestruturada e organizados com recurso a análise de conteúdo. Os resultados sugerem que a prática de voluntariado representa ganhos para o voluntário e para a população com necessidades especiais, bem como coloca desafios associados ao desempenho. Além disso, revelam a presença de motivação intrínseca e extrínseca para o início e continuação dessa atividade e traduzem o potencial desta prática na promoção da inclusão. Estes dados são discutidos e apresentam-se algumas considerações que podem servir como ponto de partida para investigações futuras.
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