Marco Antonio Hruschka Teles, Evely Vânia Libanori
Propõe-se, no presente artigo, uma análise do romance A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector, à luz da filosofia existencialista, notadamente a partir das concepções abordadas por Martin Heidegger em Ser e Tempo (2015). Privilegia-se a primeira parte do romance, na qual a personagem G.H. ainda não havia entrado em contato com a barata, momento de tensão e reviravolta na trama, denominado por Affonso Romano de Sant’Anna (2013) como “revelação epifânica”. Antes desse encontro, a existência de G.H. caracterizava-se como inautêntica, pois baseava-se em relações superficiais com os entes com quem convivia. Os conceitos de Ser e Ente são discutidos, levando em consideração o momento da personagem G.H. no romance mencionado. Além disso, os termos angústia e impessoal possuem relevância no trabalho no intuito de compreender a personagem, suas características, suas atitudes e sua postura perante o mundo.
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