Cláudia Linhares Sanz, Fabiane de Souza
Distraídos por tantas imagens do cotidiano, os fantasmas hoje mal nos assombram. Neste artigo, entendemos que a fotografia de Francesca Woodman, ao inquietar fronteiras − entre moderno e contemporâneo, presença e ausência, sentido e não sentido, brevidade e permanência − aprofunda o aspecto fantasmal das imagens, deixando comparecer os fantasmas da fotografia moderna, que até há pouco ainda nos assombravam. Na experiência contemporânea, esses fantasmas questionam a torrente de imagens e nos relembram de que no instante podem morar outros tempos, que duram na imagem. E assim, habitando diferentes tempos, entrelaçados às imagens de Woodman, convivem ecos da escritura de autoras como Clarice Lispector, Maria Gabriela Llansol e Ana Cristina César.
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