De acordo com o historiador Robert Darnton, em sociedades do passado com baixo índice de letramento, as poesias criaram redes de comunicação que funcionavam como crônicas do cotidiano. Partindo deste pressuposto, neste artigo são analisadas as poesias de dois monólogos interpretados e publicados no Rio de Janeiro entre 1892 e 1894, cujo tema é o jogo do bicho. Nosso objetivo é compreender de que forma seus autores delas se utilizaram para inserirem-se num debate mais amplo de crítica ao processo de modernização pelo qual passou o Rio de Janeiro em fins do século XIX, no qual se assistiu à criminalização de certas práticas populares, dentre elas a do jogo do bicho
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