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A função do método de análise na constituição do argumento do cogito nas Meditações: uma leitura do cogito através da reductio ad absurdum

    1. [1] Universidade Federal de Pernambuco

      Universidade Federal de Pernambuco

      Brasil

  • Localización: Veritas: revista da Pontificia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul, ISSN 0042-3955, Vol. 54, Nº. 2 (maio/agosto), 2009 (Ejemplar dedicado a: Epistemologia Analítica / Roberto Hofmeister Pich (Org.)), págs. 155-171
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      If the cogito can be taken in the Meditations as a conclusion of a demonstration, I would like to introduce the thesis that this demonstration is developed according to the analytical method that Descartes recognizes to have employed in that text. This method would have among its functions to present in the form of a network of ontological implications the reasoning that leads to the certainty of existence. In the Meditations, Descartes intended to prove the certainty of existence without any previous certainty.

      Therefore the analytical method is the only one that supports this demand, because, according to our opinion, it can rebuild the cogito argument under an indirect basis, or more precisely through a reductio ad absurdum, whose aim consists in showing the inevitable contradiction that emerges when someone makes the attempt of proving his non-existence.

    • português

      Considerando que o cogito possa ser tomado, nas Meditações, como uma conclusão de uma demonstração, pode-se avançar a tese de que essa demonstração está consoante ao método analítico, que Descartes reconhece empreender nesse texto. Esse método teria entre as suas funções nas Meditações aquela de apresentar – sob a forma de uma rede de implicações ontológicas – o raciocínio que conduz à certeza da existência. Como cumpre no referido texto determinar a certeza da existência sem tomar como base nenhuma certeza preestabelecida, o método analítico financiaria, segundo a nossa interpretação, uma reconstrução do argumento do cogito sob uma base indireta, mais precisamente através de uma reductio ad absurdum, cujo objetivo consiste em mostrar a contradição inelutável que surge na tentativa de um indivíduo de provar a sua não existência.


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