O artigo visa apresentar a estrutura da crítica de Karol Wojtyla ao Utilitarismo na sua obra “Amor e responsabilidade”. Identificando no Utilitarismo não apenas uma corrente ética formulada filosoficamente na modernidade, mas também um modo de pensar que caracteriza aos homens e mulheres do nosso tempo, Wojtyla contrasta a chamada norma utilitarista com uma ética centrada no valor da pessoa humana. Além de não fazer justiça à estrutura do próprio prazer, o Utilitarismo também falsifica a própria natureza do agir moral. Tal falsificação tem as suas raízes numa antropologia simplista, que reduz o homem a um indivíduo dotado de razão e sensibilidade, estando a primeira totalmente subordinada à segunda. O artigo busca evidenciar, por meio de exemplos e citações de outros personalistas e utilitaristas, a suficiência da argumentação de Wojtyla, que o leva a desqualificar o Utilitarismo como sistema ético capaz de fundamentar a comunhão entre as pessoas.
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