El "choque de las civilizaciones" viene siendo una fórmula fácil – si bien ampliamente contestada – para comprender las relaciones, sobre todo, entre "el oeste" y "el mundo islámico". El problema es, no obstante, que tal choque no existe. Más bien – y esta es la tesis de este artículo, basado en las investigaciones para un libro a publicar (SCHÄFER, 2008) – hay pugna entre fundamentalistas occidentales y fundamentalistas islámicos. Son éstos que quieren hacer creer a la gente que existe un choque de civilizaciones, más bien que un choque de fundamentalismos. El fin es el de ganarse el apoyo público para la causa fundamentalista. El efecto es el de hacer desaparecer el viejo conflicto base – la injusta distribución de las riquezas del planeta – detrás de estrategias religiosas de identidad.
O "choque de civilizações" vem sendo uma fórmula fácil – embora amplamente contestada – para compreender as relações, sobretudo, entre o "Ocidente" e o "mundo islâmico". O problema, contudo, é que tal choque não existe. O que há – e nisto consiste a tese deste artigo, baseado em pesquisas em vista da próxima publicação de um livro (SCHÄFER, 2008) – é uma contenda entre fundamentalistas ocidentais e fundamentalistas islâmicos. São eles que querem nos fazer acreditar que existe um choque de civilizações, em vez de um choque de fundamentalismos. O objetivo é conseguir o apoio público para a causa fundamentalista. O efeito desejado é fazer desaparecer o velho conflito básico – a injusta distribuição das riquezas do planeta – atrás de estratégias religiosas de identidade.
The "shock of civilizations" has become an easy formula – although widely contested – to understand relations, specifically, between the "West" and the "Islamic world". The problem, however, is that such shock does not exist. What exists – and this is the thesis of this article, based in researches in light of the future publication of a book (SCHÄFER, 2008) – is a dispute between Western fundamentalists and Islamic fundamentalists. They are the ones that want us to believe that there is a shock of civilizations, instead of a shock of fundamentalisms. The object is to gather public support for the cause of fundamentalism. The effect desired is to hide the ancient basic conflict – the unjust distribution of the riches of the planet – behind the religious strategy of identity.
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