Este trabalho tem por objetivo analisar o panteão da Mina em Belém do Pará enfocando uma categoria de entidades de alto status, denominada de “senhores de toalha” ou “nobres gentis nagôs”. Trata-se de reis e nobres europeus que possuem ligação com a história luso-brasileira e que foram “divinizados”. Dentre eles abordarei a trajetória de Dom Manoel, rei português da dinastia de Avis, responsável pelo processo expansão marítima e descoberta do Brasil. Recupero parte da história de vida desse personagem na tentativa de entender o processo de divinização do homem público bem como a construção dos mitos ligados a ele. Procuro apontar valores que estão subjacentes as narrativas míticas, dentre os quais destaco o simbolismo da branquidade.
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