O artigo analisa a presença e expansão das Religiões de Nova Era na cidade de Belém, Pará. Postulamos a existência de religiões surgidas no bojo do movimento Nova Era cujas principais características são: 1) surgimento histórico ou divulgação massiva no Ocidente relacionado à contracultura; 2) referência a saberes ancestrais ligados a antiguidade e/ou civilizações extintas, tais como egípcios, gregos, índios americanos, nórdicos, etc.; 3) proposta de integração com a natureza e de resgate de saberes holísticos; 4) ênfase no auto-conhecimento e na construção do self religioso do sujeito. O artigo analisa a chegada destas religiões em Belém e como elas se relacionam com as tradicionais formas de expressão do sagrado existentes na região. A pesquisa baseia-se em metodologia quali-quantitativa, com ênfase na pesquisa de campo etnográfica. Os principais referenciais teóricos são a noção de pós-modernidade, segundo Stuart Hall (2001), compreendida aqui como possível elemento articulador para novas identidades religiosas e o conceito de reflexividade, segundo Giddens (1991), entendida como a possibilidade de diálogos entre conhecimento cientifico, notadamente no campo das ciências sociais, e a reprodução dos próprios sistemas sociais pesquisados.
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