O missionário presbiteriano estadunidense Richard Shaull atuou por dez anos no Brasil, entre 1952 e 1962. Nesse período, passou por um processo de radicalização política e religiosa que o levou à formulação de uma teologia da revolução. O fator principal desta radicalização foi seu envolvimento com movimentos estudantis e ecumênicos. A partir de tais relações, mediadas por sua tradição teológica protestante e reformada (mormente dialética e neo-ortodoxa), bem como por instrumentais teóricos advindos das ciências sociais e humanas, Shaull se pôs a pensar a revolução social e a lhe atribuir sentido religioso e teológico, enquanto desafio urgente aos cristãos e às igrejas. Tal processo de radicalização é o objeto deste artigo.
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