O acúmulo de pesquisas e publicações acerca da pluralidade epistemológica vem ganhando notoriedade há, pelo menos, uma década. A despeito da identificação de produções significativamente mais antigas sobre o tema, as crises globais - políticas, econômicas, subjetivas - que deram o tom do início do século XXI - possivelmente favoreceram que se jogasse luz nesta questão: a forma de conhecimento consagrada, ao menos desde o Iluminismo, já não era capaz de responder aos desafios históricos da contemporaneidade. Este artigo trata de apresentar, primeiro, e com alguma brevidade, uma hipótese interpretativa da modernidade que favorece a compreensão de sua vinculação com o colonialismo. A esta etapa, fundamentada, sobretudo, na hermenêutica histórica de Enrique Dussel, seguirá um esforço pela reunião de argumentos de outros autores pós-colonialistas, tais como Walter Mignolo e Boaventura de Souza Santos, em favor de uma pluralidade epistemológica e a proposta de criação de epistemologias do sul.Palavras-chave:modernidade, colonialismo, epistemologias, descolonização.
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