A literatura brasileira contemporânea é heterogênea e de difícil definição. Ainda assim, algumas tendências são claras em seu interior. Ao lado de um conjunto majoritário de obras que se mantêm presas à ambientação e às preocupações mais tradicionais da narrativa no país – isto é, assuntos da esfera privada, envolvendo personagens de classe média, brancas e freqüentemente intelectualizadas –, há um foco renovado nas periferias e na marginalidade, reforçado pela visibilidade que o cinema nacional tem dado a essas questões. Existe um terreno comum, entretanto, sobre o qual todos (ou praticamente todos) se movem: o realismo. Este artigo discute, a partir de ampla pesquisa realizada na UnB sobre as personagens do romance contemporâneo, as conseqüências desse efeito de realidade que a narrativa busca produzir em seus leitores.
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