Resumen de Sócrates e a verdade criativa da cidade digital
- English
It is consensual that we are living in an age of digital predominance. Newspapers, radio and television publish breaking news online even before broadcasting them in traditional formats. This is how we access information nowadays, whether it is economic, scientific, political, or other. Likewise, it is also consensual that we are no longer mere receptors anymore. Our age is the most interactive ever and we now have become user-producers. The "I" is now also a "You" - You are the one producing contents, commenting, promoting your work and sharing your own vision of the world; particularly on social media, on which all our thoughts and feelings tend to converge, as we are citizens of the same Global Polis. Nevertheless, what is not yet consensual is how to answer some specific questions, such as: Why does it make more sense to say Polis (City), and not Village, when referring to our virtual common space? How do we construct truth and what is the role of creativity in this City? And finally, which dilemmas arise in this context? It is precisely when we formulate these questions that we face the instability of our contemporary world, incapable of cultural innovation and subjected to the emotional and oppressive waves of the majorities. Notwithstanding, perhaps revisiting the cradle of democracy and the Socratic revolution might provide us with answers and new perspectives.
- português
Sabemos consensualmente que vivemos numa era de predomínio digital. Os jornais, rádio e televisão publicam online as notícias de última hora antes mesmo de as difundir pelos seus formatos tradicionais. E é do mesmo modo que acedemos aos diferentes conteúdos de cariz económico, científico e político. Sabemos igualmente que já não somos apenas receptores. Estamos na era mais interactiva de sempre, a dos utilizadores-produtores. O Eu é agora também um Tu ¿ és tu que produzes, tu que comentas, tu que dás a conhecer o teu trabalho e a tua visão do mundo, sobretudo nas redes sociais, onde convergem os pensamentos e sentimentos dos cidadãos da Pólis Global. Contudo, o que porventura não sabemos é responder a algumas perguntas essenciais: Porque tem mais sentido chamar Pólis (cidade), e não Aldeia, a este espaço virtual? Como se constitui a verdade e qual o papel da criatividade nesta Cidade? E quais são os seus principais dilemas? Ao formular estas questões, deparamo-nos com um mundo contemporâneo instável, sem capacidade de inovação cultural, sujeito a ondas emocionais e à opressão das maiorias. Mas talvez uma revisitação ao berço da democracia e, sobretudo, à revolução socrática nos possam trazer respostas e novas perspectivas.
