As cartas e os poemas do nobre Sidônio Apolinário tendem a ser ignorados pelos estudiosos do monasticismo tardo-antigo. O presente texto é uma tentativa de preencher esta lacuna historiográfica. Meu objetivo é analisar as notícias de Sidônio acerca dos monges e monastérios de sua época, focando na relação da aristocracia imperial galo-romana com o monasticismo. As obras de Sidônio sugerem que, até o início da década de 480, a aristocracia imperial galo-romana, de modo geral, pouco se envolveu com monges e assuntos monásticos. Mas, ao mesmo tempo, elas revelam o interesse que monges eruditos e taumaturgos podiam despertar em grandes aristocratas e o papel que estes podiam ter no governo e no cotidiano de determinados monastérios.
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