Brasil
This article aims to discuss female entrepreneurship from a critical perspective, supported by feminist theories based on the relationship between work and social practices. The objective is to understand how female entrepreneurial action can lead to female emancipation. The complexity of the study relies on the chosen research object, which is the entrepreneurial initiatives of woman that work with craft activities. Through a case study, we explore the causes and consequences of the actions of the entrepreneurs organized in the Lace-Makers Association of Morros da Mariana, that produces bilro lace in the city of Ilha Grande, Piauí, through the standpoint of power relations and gender. The research finding points out the link between lace-maker´s artisanal activities and the reinforcement of traditional gender roles. As a conclusion, we acknowledged that even if production and the sales of lace may be a source of incomes for the group of woman drown together in the Association, the entrepreneurial activity based on craft is not an emancipator act that can subvert the unequal power distribution between man and woman in society. Following this conclusion, we recommend that further studies should take as research object the female entrepreneurial activity based on traditional craftwork.
O artigo busca problematizar o empreendedorismo feminino a partir de uma perspectiva crítica, subsidiada por teorias feministas baseadas na relação entre trabalho e práticas sociais. O objetivo é compreender como a ação empreendedora pode contribuir para a emancipação feminina. A complexidade do estudo reside no objeto de pesquisa escolhido, qual seja as iniciativas empreendedoras de mulheres dedicadas a atividades artesanais. Por meio de um estudo de caso, exploram-se as causas e consequências da ação das empreendedoras reunidas na Associação de Rendeiras dos Morros da Mariana, com sua produção de rendas de bilro no município de Ilha Grande, Piauí, a partir do viés das relações de poder de gênero. Os achados do estudo apontam para a vinculação entre o desempenho da atividade artesanal das rendeiras e o reforço dos papeis de gênero tradicionais. Como conclusão, tem-se que mesmo que a produção e comercialização da renda sejam fontes geradoras de recursos para as mulheres da Associação, a atividade empreendedora baseada no artesanato não é uma ação emancipatória, capaz de subverter a desigual distribuição de poder de gênero na sociedade em questão. Recomenda-se, a partir dessa conclusão, a realização de outros estudos que tomem como objeto a atividade empreendedora feminina baseada em atividades artesanais tradicionais.
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