Neste artigo, buscamos problematizar as roupas como territórios de criação que engendram narrativas vestíveis mais autônomas, mais insubmissas aos modos hegemônicos de criá-las, e que são amplamente disseminados pelas mídias. Percebe-se que cada vez mais artistas, estilistas e ativistas vêm se apropriando das roupas como suporte para suas experimentações, fazendo ventilar na existência importantes questionamentos éticos, estéticos e políticos. Exploramos certos modos de vestir nas manifestações de rua, seguindo a Primavera Árabe, e também no trabalho de artistas, como Flávio de Carvalho, e criadores, como Lika Stein. A partir disso, discutimos o anonimato traduzido na aparência como uma ética-estética congruente às reivindicações sociais que atualmente transcendem questões nacionais e indicam novas perspectivas de estudos relativos à moda.
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