Após a morte do Rei do Pop, o cantor “afro-white” Michael Jackson, em 2009, comecei a pensar sobre o futuro da arte africana e sobre as possibilidades de branqueamento aplicadas às esculturas da coleção particular de arte africana de Christian-Jack Heymès1. E influenciado,ainda, pelas teses defendidas por Frantz Fanon (2008) em Pele negra, máscaras brancas, comecei a produzir uma série de esculturas feitas de sabão de coco e de cerâmica branca. Fanon – psiquiatra, escritor e ensaísta antilhano de ascendência africana – foi o primeiro a denunciar o racismo interiorizado dos afrodescendentes, os “máscaras brancas”, manifesto numa preferência pelos relacionamentos e reprodução com pessoas de pele branca. Ele foi, talvez, o maior pensador do século XX quanto aos temas da descolonização e a psicopatologia da colonização(...)
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