Ao escapar de um acidente fatal no RER ZEVS (trem urbano da rede de metrô de Paris), o artista francês ZEVS, filho dos transportes públicos, da eletricidade e da cidade, transformou radicalmente o seu processo artístico e começou a ver a cidade e seus fantasmas de uma forma mais intensa, mais violenta e talvez mais justa: olho por olho. Nos seus dias tensos e artisticamente férteis, o bem-estar da sociedade de decepção descrita por Gilles Lipovetsky (2007) depende das suas boas vontades e dos seus ataques de raiva. Através dos seus ataques visuais (VISUAL ATTACKS, 2001), dos seus VISUAL KIDNAPPING (2002-2004) e mais recentemente dos seus logos assassinados (LIQUIDATED LOGOS, 2006), ZEVS ataca o espaço publicitário urbano, armado dos seus raios conceituais, das suas ferramentas de artista urbano e de alguns pigmentos – seu reino é o mundo globalizado das multinacionais, das cidades genéricas, das imagens que invadem os espaços urbanos e as mentes dos cidadãos contemporâneos (...)
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