Se a obra de arte é um ponto de vista sobre o mundo, pedindo um outro ponto de vista, o do público, que deve ler e interpretar os gestos dos artistas e as suas intenções, estamos propondo aqui uma pragmática da arte que seja uma estética pelo gesto, em que o artista, em vez de esconder seus gestos criativos, transforma-os na gênese da obra. Para o interacionismo simbólico da Escola de Sociologia de Chicago, o pragmatismo virou a base da metodologia de pesquisa, pois o mundo só existe através das interpretações que os homens fazem dele, o que significa que, para nós, a arte só existe através das interpretações que os homens fazem dela, ou seja, “são os espectadores que fazem os quadros”, como afirmava Duchamp (citado por MARCADÉ, 2008, p. 248) (...)
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