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Resumen de Escutando os adultos sobre proteção da infância e crianças em situação de rua no brasil urbano

Suzana Santos Libardi, Marit Ursin

  • español

    El presente trabajo se localiza en el área de los estudios de la infancia, que concibe al niñocomo sujeto activo en la sociedad que está marcado, entre otros factores, por su posicióngeneracional. En esta oportunidad, reflexionamos sobre cómo son percibidos los niñosbrasileños que viven en el espacio urbano y en un contexto de adversidades muy específico:la calle. El objetivo fue conocer de qué forma los adultos perciben a los niños que seencuentran en situación de calle y cómo ven el deber de protección de la infancia que lescorresponde. Con ese fin presentamos los resultados de dos investigaciones cualitativasrealizadas separadamente por las autoras de este texto en tres ciudades de Brasil, de lasregiones noreste y sudeste, con 77 adultos. Éstos participaron de entrevistas individualesy grupales. Los registros de los trabajos de campo fueron analizados y generaron categoríasque contemplan la cuestión de la responsabilidad por los niños en situación de calle y laprotección de las infancias marginalizadas. Con base en el trabajo empírico de las dosinvestigaciones, percibimos que los adultos establecen una amplia diferencia entre los niñosque se encuentran en esta situación y los que no tienen la calle como su morada. Losparticipantes escogieron al Estado como el principal responsable por los niños en situaciónde calle. Para esa infancia marginalizada nombraron instituciones estatales encargadas deestos niños, pero no necesariamente de su protección. La responsabilización y la puniciónfueron más evocadas que la protección. Como conclusión, vimos que los adultos no sesintieron convocados a proteger infancias marginalizadas, por eso pensaron de formaprioritaria en su propia protección y rozaron la negligencia con respecto a estos niños. Elreconocimiento de los “pivetes” fue realizado exclusivamente por el lado negativo, pues elniño en situación de calle fue visto como un mal que actúa y sabe por qué actúa. Estasituación es la única en que estos niños son percibidos en un papel activo.

  • English

    This work is situated in the field of childhood studies, which conceives the child as an activesubject in society and who is, among other factors, marked by its generational position infront of other generations. In this opportunity, we reflect about how Brazilian kids who livein the urban space and in a very specific adversity context (the streets) are perceived. Theobjective was to understand how adults perceive those children in homeless situation, andhow do they face the duty of childhood protection once it is applied to those specificchildren. In order to do this, we present the results of two qualitative researches, separately developed by the authors, in three different cities in Brazil, from Northeastern andSoutheastern, counting on a total number of 77 adults. They participated throughindividual and group interviews. The registers of the fieldwork were analyzed andgenerated categories which deal with the question of who carries the responsibility overchildren in homeless situation, as well as the protection of marginalized childhood. Basedon the empirical work from two researches, we realized that the adults make adifferentiation between children who have the streets as their home and those who don’t.The participants elected the State as the major responsible for the children in homelesssituation. For this marginalized childhood, part of the adults elected governmentalinstitutions as the sole responsible for providing any kind of treatment to the children inhomeless situation, which not necessarily means a measure of protection. “Accountability”and “punishment” were much more often mentioned by the adults than “protection”. As aconclusion, we saw that the adults have not felt invited to protect marginalized childhood,since they primarily thought about their own protection and even went to a state of neglecttowards those children. The acknowledgement of the “pickpockets” was given only bynegative means, since the child in homeless situation was seen for some as an evil who actsdeliberately, so that this was the only moment when those children were regarded in anactive manner.

  • português

    Esse trabalho se localiza na área dos estudos da infância, que concebe a criança como sujeito ativo na sociedade e que é, entre outros fatores, marcado pela sua posição geracional perante outras gerações. Nessa oportunidade, refletimos sobre como são percebidas as crianças brasileiras que vivem no espaço urbano e em um contexto de adversidades muito específico: a rua. O objetivo foi conhecer de que forma os adultos percebem as crianças que estão em situação de rua, e como veem o dever de proteção da infância aplicado a essas crianças. Para isso, apresentamos os resultados de duas pesquisas qualitativas, realizadas separadamente pelas autoras, em três cidades diferentes do Brasil, das regiões Nordeste e Sudeste, contando com o total de 77 adultos. Eles participaram por meio de entrevistas individuais ou em grupo. Os registros dos trabalhos de campo foram analisados e geraram categorias que contemplam a questão de quem é a responsabilidade sobre crianças em situação de rua, e a proteção das infâncias marginalizadas. Baseado no trabalho empírico das duas pesquisas, percebemos que os adultos diferenciaram bastante as crianças em situação de rua das outras crianças que não fazem da rua a sua morada. Os participantes elegeram o Estado como o maior responsável pelas crianças em situação de rua. Para essa infância marginalizada, parte dos adultos elencou instituições estatais como as únicas responsáveis por prover algum trato às crianças em situação de rua; o qual não necessariamente se configurou como uma medida de proteção. A responsabilização e a punição foram mais evocadas pelos adultos do que a proteção. Como conclusão, vimos que os adultos não se sentiram convocados a proteger infâncias marginalizadas, por isso pensaram prioritariamente em sua própria proteção e beiraram a negligência para com essas crianças. O reconhecimento aos “pivetes” foi dado somente por vias negativas, pois a criança em situação de rua foi vista por alguns como um mal que age e sabe por que age – sendo este o único momento no qual essas crianças foram vistas de forma ativa.


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