O trabalho tem a intenção de agregar contribuições aos domínios da História Cultural Urbana, através do compartilhamento de desdobramentos relativos a um estudo realizado em Canoas/RS entre as décadas de 1930 e 1960. Em tal período, a localidade notabilizou-se por intensas transformações territoriais e populacionais. Um dos fatores de destaque quanto à pesquisa deste desenvolvimento urbano peculiar foi o contato com as tipologias atribuídas à cidade. Nesse sentido, o presente artigo procura versar sobre as dinâmicas sociais e culturais pelas quais a mais popular das referências atreladas à Canoas – a de cidade dormitório – esteve investida. Essa classificação não ficou restrita a questões narrativas: foi acusada, enquanto cidade-dormitório, de ser um município desprovido de uma identidade própria e os seus moradores de não gerarem vínculos com a cidade. Partindo dessa problemática, esse trabalho busca evidenciar questões concernentes às sensibilidades dos diferentes grupos urbanos que compunham a cidade na metade do século XX. A escolha pela temática “sensibilidades” em um estudo sobre Canoas é legitimada pela lacuna existente, nesse âmbito, a respeito das cidades metropolitanas.
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