O presente artigo pretende apresentar características do pensamento libertário no que concerne à sua concepção de educação, bem como demonstrar como veículos da imprensa anarquista e anticlerical brasileira e argentina se dedicaram energicamente ao ataque do ensino católico e ao processo estético de transformação dos clérigos em inimigos monstruosos da sociedade futura, sociedade essa em que o ensino, desvinculado das influências religiosas, possibilitaria a ascensão de uma sociedade livre, criativa e igualitária. Sendo assim, serão analisadas imagens contidas em periódicos anarquistas e anticlericais de Buenos Aires e de São Paulo que pretendem desmoralizar o ensino católico e, ao mesmo tempo, construir um estereótipo clerical vinculado a valores negativos como o roubo, a exploração, a opressão, etc. Essas imagens circularam durante as quatro primeiras décadas do século XX, tamanha era a necessidade de denunciar uma educação asfixiante baseada na reprodução de modelos sociais definidos.
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