Este artigo tem por objetivo apresentar um modelo de interpretação do papel da escravidão nas atividades agrárias no Rio Grande do Sul, nas duas últimas décadas do século XVIII. As fontes pesquisadas são os mapas de habitantes de 1780, 1798 e 1802. Foram úteis os estudos sobre estrutura de posse de escravos na região, os quais apontam o predomínio dos pequenos senhores. Verificamos o aumento da participação dos escravos nas freguesias dedicadas à agricultura, que chegou a patamares semelhantes aos do Sul de Minas Gerais, reconhecida como uma área de produção de alimentos escravista. Ao considerar os padrões regionais da propriedade no Rio Grande, defendemos que a escravidão se tornou um dos pilares do sistema de trabalho na agricultura.
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