Neste artigo analisamos alguns aspectos das pesquisas históricas entre as populações indígenas, enfocando a importância e o desafio da utilização da metodologia da História Oral junto a estas comunidades. A partir de experiências com o grupo Kaingang dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, levantamos algumas considerações pontuais sobre os principais obstáculos e as normativas comportamentais que cerceiam as relações entre entrevistador e entrevistado. Destacamos os principais códigos, os limites e as falhas decorrentes deste processo e ainda as virtudes e os méritos da mesma, em uma tentativa de romper com os paradigmas da chamada “história oficial”, que durante muito tempo negou aos indígenas a sua condição de atores sociais.
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