“El exilio, entre la nostalgia y la creación”: Revistas político-culturais latino-americanas e exílio (1978-1985).

• Cristiano Pinheiro de Paula Couto ^[1]
  1. [1] Universidade Federal do Rio Grande do Sul

     Universidade Federal do Rio Grande do Sul

     Brasil

     
• Localización: Revista Latino-Americana de História, ISSN-e 2238-0620, Vol. 1, Nº. 4, 2012 (Ejemplar dedicado a: 4 ª Edição - Arqueologia, História e Etno-história: novas perspectivas para o estudo de sociedades indígenas.), págs. 111-126
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • Na década de 1970, muitos intelectuais latino-americanos foram banidos para o exílio. Por meio da análise de três revistas político-culturais, quais sejam Encontros com a Civilização Brasileira (1978-82), Cuadernos de Marcha em sua segunda época (1979-85) e Controversia (1979-83), desenvolvo o argumento de que o exílio de parte da intelligentsia latino-americana, no contexto da Guerra Fria, ao invés de estagnar a reflexão e sufocar as resistências democráticas, conduziu as ponderações políticas do campo intelectual contestatário da América Latina para um âmbito de revisão crítica e de reorganização do pensamento e da praxis política. O clima de ansiedade, desorientação e agitação favoreceu o acúmulo de massa crítica. Parto da premissa de que as revistas político-culturais tiveram importância inapelável nesse contexto e cumpriram uma função essencial, enquanto estruturas de sociabilidade, na recomposição das redes intelectuais do subcontinente. Interessado em observar o impacto que o exílio mexicano provocou nas nervuras ideológicas e nas estratégias de intervenção política da intelligentsia contestatária latino-americana, busco analisar, em textos publicados nas três revistas mencionadas, o modo como o periodismo político-cultural atuou como lugar de resistência e de intervenção no contexto de banimento e de clandestinidade gerado pelos sistemas de repressão que se alastraram pelo subcontinente durante a Guerra Fria.