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Resumen de Tratamento medicamentoso e não medicamentoso de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial

Laura Lorenzini Zanetti, Eniva Stumm, Fabiana Garlet Bosse, Rosilda Oliveira, Vanessa Adelina Casali Bandeira, Christiane de Fatima Colet

  • português

    OBJETIVOS: Verificar o perfil de tratamento medicamentoso e não medicamentoso de usuários assistidos em um Centro de Atenção Psicossocial.MÉTODOS: Estudo epidemiológico com delineamento transversal, realizado em um Centro de Atenção Psicossocial de um município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Foram incluídos todos os usuários assistidos no Centro, com idade superior a 18 anos, de ambos os gêneros. Foram excluídos aqueles com falta de informações sobre o tratamento. A coleta de dados foi realizada pelo acesso direto aos prontuários quanto às características sociodemográficas, informações relacionadas ao diagnóstico, internações hospitalares anteriores, tratamento medicamentoso e não medicamentoso. A análise dos dados foi realizada por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e o nível de significância considerado foi p<0,05.RESULTADOS: Foram incluídos 448 pacientes, cuja média de idade foi 48,25±12,44 anos, sendo que 293 (65,4%) eram do gênero feminino, 266 (59,2%) viviam sem companheiro e 206 (46,0%) tinham ensino fundamental incompleto. Todos os usuários realizavam tratamento não medicamentoso e 445 (99,3%) faziam também uso de medicamentos. Entre as classes de medicamentos utilizados houve predomínio de antipsicóticos (78,3%) e dos antidepressivos (71,2%). O uso de quatro ou mais medicamentos foi associado à internação hospital anterior e ao uso de antipsicóticos, antidepressivos, antiepiléticos e ansiolíticos.CONCLUSÕES: Constatou-se um perfil sociodemográfico semelhante ao de usuários de Centros de Atenção Psicossocial em diferentes regiões brasileiras. A totalidade dos pacientes recebia tratamento não medicamentoso e quase a totalidade utilizava também medicamentos. Diante do elevado número de medicamentos e internações hospitalares anteriores identificadas emerge a necessidade de ampliação do escopo de terapêuticas não medicamentosas no tratamento de transtornos mentais, a fim de promover a integralidade e a resolubilidade do cuidado em saúde mental.

  • English

    AIMS: To verify the profile of pharmacological and non-pharmacological treatment of patients assisted in a Psychosocial Care Center.METHODS: An epidemiological study with a cross-sectional design was carried out in a Psychosocial Care Center of a municipality in the Northwest of the State of Rio Grande do Sul. All patients assisted in the Center, aged over 18 years, of both genders, were included. Those for whom information about treatment was missing were excluded. Data collection was performed by direct access to medical records regarding sociodemographic characteristics, information on diagnosis, previous hospital admissions, pharmacological and non-pharmacological treatment. Data analysis was performed using the Pearson Chi-square test and the significance level was set at p<0.05.RESULTS: A total of 448 patients were included, whose mean age was 48.25±12.44 years, 293 (65.4%) were female, 266 (59.2%) lived without a partner and 206 (46.0%) had incomplete elementary education. All patients were receiving non-pharmacological treatment and 445 (99.3%) were also taking medications. Among the classes of drugs used, antipsychotics (78.3%) and antidepressants (71.2%) predominated. Using of four or more drugs was associated with previous hospitalization and with taking antipsychotics, antidepressants, antiepileptics and anxiolytics.CONCLUSIONS: A sociodemographic profile similar to that of users of Psychosocial Care Centers in different Brazilian regions was found. All patients received non-pharmacological treatment and almost all also used drugs. In view of the high number of medications and hospital admissions identified, there is a need to expand the scope of non-pharmacological therapies in the treatment of mental disorders, in order to promote the comprehensiveness and the resolubility of mental health care.


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