O artigo discute o processo de implementação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande/MS (APAE) - Centro de Educação Especial Girassol (CEDEG), no período de 1967 a 1987, considerando a escassez de estudos sobre essa temática e a relevância da referida instituição educacional para a compreensão da Educação Especial brasileira e sul-mato-grossense. Adota-se como referencial teórico-metodológico a abordagem da História das Instituições Educacionais, na linha da historiografia francesa. Pôde-se observar que tal instituição teve uma origem elitizada, com a participação de agentes sociais próximos aos centros e redes locais de poder. Dessa forma, conseguiu assegurar sua existência identitária e a continuidade de seu projeto inicial, ainda que com algumas alterações estratégicas, como a oferta posterior de educação formal, sem, contudo, abandonar as representações do sujeito “excepcional” como indivíduo a ser “tratado” e “reabilitado” por especialistas da entidade, secundarizando-se o aspecto pedagógico.
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