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Mediación cultural y mediación lingüística en la frontera de Granada

    1. [1] Universidad de Murcia

      Universidad de Murcia

      Murcia, España

  • Localización: Medievalismo: revista de la Sociedad Española de Estudios Medievales, ISSN 1131-8155, Nº 27, 2017, págs. 13-43
  • Idioma: español
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Durante la Baja Edad Media, en el sur de la península ibérica se configuró un espacio cultural de frontera en el que los límites quedaban establecidos, más allá de los umbrales políticos, por las marcadas diferencias culturales y religiosas de las comunidades que vivían a cada uno de sus lados. Dos formas de ver el mundo a través de dos lenguas completamente diferentes y alejadas entre sí, pero forzadas irremediablemente a establecer contactos tanto en tiempos de treguas como en tiempos de guerras: el comercio, la redención de cautivos, o las mismas relaciones de frontera, descansan en la intercomunicación, aun cuando sabemos que ésta no era posible entre todos los hablantes —se trata de dos comunidades mayoritariamente monolingües— sino a través de unos pocos que tienen en sus manos, de manera casi imperceptible, todo el poder que da el dominio de una lengua cuando los otros no la dominan. Traductores e intérpretes desempeñarán un papel fundamental, aunque no suficientemente valorado, no solo por sus saberes lingüísticos sino, especialmente, por su actuación como mediadores interculturales, desde el siglo XIII y hasta finales del XVI.

    • English

      During the Late Middle Ages, in the Southern of the Iberian Peninsula, a cultural border area was configured, where cultural and religious differences, more than political aspects defined the limits between both sides. Two different ways to see the world, through two completely different languages, far apart, but forced to remain in contact in war and peace. Trade, captives redemption, or even border relations themselves were based on intercommunication. However, we know that this communication was not always possible among all the speakers, given that most of them belonged to monolingual communities, so the intercommunication took place through those few who mastered the language. And those that had a good command of a language that most people ignored, achieved, almost imperceptibly, all the power knowledge gives. Translators and interpreters played an important role, although not valued enough, from the 13th century to the 16th century, not only for their language skills, but also because of their outstanding action as intercultural mediators.

    • português

      Durante a Baixa Idade Média, no sul da península ibérica configurou-se um espaço cultural de fronteira cujos limites ficavam estabelecidos –para além do limiar político– pelas acentuadas diferenças culturais e religiosas das comunidades que habitavam em cada um dos lados. Duas formas de ver o mundo através de duas línguas completamente diversas e afastadas entre si, mas irremediavelmente forçadas a estabelecer contatos, quer em tempos de tréguas, quer em tempos de guerras: o comércio, a redenção de cativos, ou as próprias relações de fronteira, assentavam na intercomunicação. Esta não era possível entre todos os falantes, porque eram duas comunidades maioritariamente monolingues, mas era concretizada através de uns poucos que detinham nas suas mãos, de maneira quase impercetível, todo o poder proveniente do domínio de uma língua quando os outros não a dominam. Tradutores e intérpretes jogaram um papel fundamental, embora não suficientemente valorizado, não só pelas suas competências linguísticas, como também pela sua atuação enquanto mediadores interculturais, desde o século XIII e até os finais do século XVI.


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