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Frege sobre Kant: uma motivação filosófica do logicismo

  • Autores: Manuela Teles
  • Localización: Con-textos Kantianos: International Journal of Philosophy, ISSN-e 2386-7655, Nº. 6, 2017, págs. 207-236
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Frege on Kant:: A Philosophical Grounding of Logicism
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      In 1882, Frege wrote to Anton Marty that his project was to prove that the fundamental laws of arithmetic are analytical in Kant's sense. The answer to this letter was signed by Carl Stumpf, who advised Frege to write about his motivations for the creation of the formal language he had introduced in his Begriffsschrift, written three years before. The Grundlagen der Arithmetik, that Frege published two years after, may be seen as his result for following Stumpf's advice. In it, Frege mentions Kant again, both as a motivation for his logicist program and as an opposer to it. In this paper, I aim to understand this two-sided influence of Kant in Frege's purposes. To do that, I present and discuss excerpts of the Grundlagen where Frege talks about Kant. I show that, after rejecting Kant's proposal that numerical judgements (like 7+5=12) are synthetic a priori, Frege has an insight on Kant's definition of analytical according to which it is possible through reason alone to achieve knowledge about objects that are neither perceived by the senses nor intuitions. It is this insight that rests on Frege's motivation for his logicist program. According to Frege's logicist program, numbers are objects known exclusively by their properties, with no connection to any representation (either sensorial or intuitional). Frege's insight allow us to think that Kant could have come to this result with his notion of analytical were he not compromised with a notion of concepts as representations that are the building blocks of thoughts. Instead, Frege proposes that new concepts can be discovered in the decomposition of thoughts, and this discovery is a task for logic alone. Being a task for logic alone is precisely Kant's sense of analytical. What Frege's insight adds to Kant's notion of analytical is, thus, that it may be a source of knowledge.

    • português

      Em 1882, Frege escreveu a Anton Marty que o seu projeto era provar que as leis fundamentais da aritmética são analíticas no sentido de Kant. A resposta a esta carta foi assinada por Carl Stumpf, que aconselhou Frege a escrever sobre as suas motivações para a criação da linguagem formal que apresentou na sua Begriffsschrift, escrita três anos antes. Os Grundlagen der Arithmetik, que Frege publicou dois anos depois, podem ser vistos como o seu resultado por seguir o conselho de Stumpf. Aí, Frege menciona Kant novamente, tanto enquanto motivação para o seu programa logicista como enquanto um seu opositor. Neste artigo, pretendo compreender esta influência de dois lados de Kant nos propósitos de Frege. Para isso, apresento e discuto excertos dos Grundlagen onde Frege fala sobre Kant. Mostro que, depois de rejeitar a proposta de Kant de que juízos numéricos (como 7+5) são sintéticos a priori, Frege tem uma visão da definição de Kant de analítico de acordo com a qual é possível conhecer objetos que não são percetíveis pelos sentidos ou pela intuição apenas pela razão. É esta visão que está na base da motivação de Frege para o seu programa logicista. De acordo com o programa logicista de Frege, os números são objetos conhecidos exclusivamente pelas suas propriedades, sem ligação com qualquer representação (sensorial ou intuitiva). A visão de Frege permite-nos pensar que Kant poderia ter chegado a este resultado com a sua noção de analítico não fosse o seu compromisso com a noção de conceitos enquanto representações que são os blocos de construção dos pensamentos. Em vez disso, Frege propõe que novos conceitos podem ser descobertos na decomposição de pensamentos e que esta descoberta é uma tarefa para a lógica em exclusivo. Sendo uma tarefa da lógica em exclusivo é precisamente o sentido de analítico de Kant. O que a visão de Frege acrescenta ao analítico de Kant é, então, que pode ser uma fonte de conhecimento.


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